Companhia de Ópera do Rio Grande do Sul terá temporada com seis produções 3f6k4w

por Redação CONCERTO 30/05/2025

 Após inaugurar o Teatro Simões Lopes Neto com Turandot, de Puccini, Cors vai encenar títulos como La traviata, O elixir do amor e João e Maria  2y76j

A Companhia de Ópera do Rio Grande do Sul (Cors) acaba de lançar oficialmente a sua temporada 2025. Criada em 2022 como um coletivo de cantoras e cantores líricos profissionais, a Cors não demorou para cumprir com o objetivo que levou à sua criação: fomentar a produção local. Em apenas três anos, o projeto foi responsável por dar nova dinâmica para a ópera no estado, conquistando público, crítica e, desde o ano ado, ocupando o Theatro São Pedro. Em março, o grupo participou da inauguração do Teatro Simões Lopes Neto, parte do Multipalco Eva Sopher, com uma nova produção de Turandot, de Puccini. E agora anuncia que fará outras cinco óperas em 2025. Com isso, a Cors e o Rio Grande do Sul am a ser um dos principais polos de produção lírica no Brasil. 

Nos dias 8, 9, 10 e 11 de agosto, a atração é La traviata, de Giuseppe Verdi, com direção cênica de Flávio Leite, um dos fundadores da companhia, e direção musical de Marcelo de Jesus, à frente da Orquestra do Theatro São Pedro de Porto Alegre. No elenco, estão destacados nomes da ópera nacional como Ludmilla Bauerfeldt, Elisa Machado, Giovanni Tristacci, Felipe Bertol, Lício Bruno e Marcelo Ferreira. O Coro Lírico da Cors será dirigido por Sérgio Sisto. 

Em setembro, dias 20 e 21, a Companhia de Ópera comemora os 150 anos da imigração italiana no Rio Grande do Sul com uma produção de O elixir do amor, de Donizetti. Com concepção atualizada para os dias de hoje, ando-se na Serra Gaúcha entre imigrantes italianos e colocando o vinho como grande agente de transformação, a direção cênica é de Carlos Rodriguez e a direção musical é de Sérgio Sisto. Participam Giovanni Tristacci, Felipe Bertol, Débora Faustino, Elisa Lopes, Guilherme Roman, Daniel Germano e Camila Umpièrrez. 

Em outubro, serão duas montagens. A primeira, dias 18, 19 e 24, será a estreia brasileira de Il trionfo del tempo e del disingano, de Händel, em parceria com a Bach Society Brasil. As apresentações acontecem no Teatro Oficina Olga Reverbel e terão direção musical de Fernando Cordella, direção cênica de William Pereira e direção vocal de Vitor Philomeno. No elenco, Carla Domingues, Carol Braga e Roger Scarton e oito bailarinos da Plural Companhia de Dança.  

“Essa primeira colaboração entre a Cors e a Bach Society Brasil realizará a primeira montagem de uma ópera barroca com instrumentos de época e interpretação historicamente informada do Rio Grande do Sul por intérpretes profissionais de alto nível. É música barroca numa concepção mais próxima aos textos originais de Händel”, destaca Cordella, maestro e diretor artístico da Bach Society Brasil.  

A ópera seguinte, nos dias 25 e 26 de outubro e 1º de novembro, é Em busca das paisagens perdidas, de Vagner Cunha, em estreia mundial. A obra tem libreto do crítico teatral, pesquisador em artes cênicas, jornalista e escritor Renato Mendonça e concepção e direção de Carlota Albuquerque. O enredo celebra o centenário do payador e poeta gaúcho Jayme Caetano Braun. 

A payada é uma forma de poesia improvisada encontrada na Argentina, no Uruguai, no sul do Brasil e no Chile e remonta aos romances e quadras medievais e renascentistas. A arte foi trazida pelos povoadores europeus e adaptada às temáticas campeiras. 

Encomendada pela Cors, Em busca das paisagens perdidas tem direção musical do maestro André dos Santos, que vai reger a Filarmônica Ontoarte Recanto Maestro no Teatro Simões Lopes Neto e no Palco Bell Anima Recanto Maestro, em São João do Polêsine. Eiko Senda, Carla Maffioletti, Elisa Lopes, Raquel Fortes, Maicon Cassânego, Luciane Bottona e Guilherme Roman estão no elenco. 

João e Maria, de Humperdinck, será apresentada em fevereiro do ano que vem, dias 14 e 15, encerrando a programação do Ópera Estúdio 2025, projeto de formação continuada para cantores líricos e pianistas correpetidores – o Ópera Estúdio será desenvolvido a partir de setembro nas dependências do Multipalco Eva Sopher. A concepção e direção serão da premiada diretora gaúcha Camila Bauer, com preparação corporal de Carlota Albuquerque e direção musical de Gabriel Rhein-Schirato frente ao elenco do Ópera Estúdio 2025 e à Orquestra Theatro São Pedro. 

Adicionalmente às óperas, ainda acontecerá, no dia 19 de dezembro, um concerto de Natal com a participação do Ópera Estúdio 2025 e da Orquestra Jovem Theatro São Pedro no Teatro Simões Lopes Neto, regido pela maestra Keliezy Severo. 

A Companhia de Ópera do Rio Grande do Sul também criou o projeto Resumo da Ópera, uma palestra com especialistas sobre a obra que será apresentada, que ocorrerá sempre duas horas antes do evento. Além disso, serão promovidas master classes e cursos abertos à comunidade com profissionais participantes da temporada.  

Eiko Senda e Flávio Leite, idealizadores e diretores da Companhia de Ópera do Rio Grande do Sul (divulgação)
Eiko Senda e Flávio Leite, idealizadores e diretores da Companhia de Ópera do Rio Grande do Sul (divulgação)

 

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