O 55º Festival de Inverno de Campos do Jordão será realizado entre os dias 5 de julho e 3 de agosto e terá 76 concertos em sua programação. As apresentações acontecem em palcos de São Paulo e Campos do Jordão. A abertura oficial será com a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo regida por Marc Albrecht com a Sinfonia doméstica, de Strauss. 2f3n1b
A programação, além da Osesp e do Coro da Osesp, terá uma série de grupos convidados. Entre os conjuntos paulistas, estão a Orquestra Jovem do Estado, que toca no dia 6 de julho, com Claudio Cruz; na mesma data, se apresenta a Sinfônica Municipal de Santos, dirigida por Luís Gustavo Petri. A Orquestra Sinfônica da USP, com Tobias Volkmann na regência e o violinista Guido Sant’Anna como convidado, é atração do dia 11 de julho. A Orquestra Experimental de Repertório, conduzida por Wagner Polistchuk e com o flautista João Vitor Mendes como solista, faz concerto no dia 20 de julho. E a Sinfônica Municipal de Campinas, com Carlos Prazeres à frente, toca no dia 27 de julho, novamente com Sant’Anna como solista.
Há também grupos de fora de São Paulo. A Filarmônica de Goiás toca no dia 19 de julho com Neil Thomson e a pianista Sonia Rubinsky. No dia 20, será a vez da Orquestra Sinfônica de Pernambuco, com regência de Nilson Galvão Jr. A Orquestra Sinfônica do Paraná, com Roberto Tibiriçá, é atração do dia 26 de julho. A Orquestra Filarmônica Catarinense, regida por Roberto Minczuk e com Pablo Rossi no piano, toca no dia 1º de agosto.
A música de câmara contará com a presença dos norte-americanos do Quarteto Ulysses, que apresentam obras de Beethoven e Mendelssohn, além de uma seleção de músicas folclóricas dinamarquesas (18 de julho). A lista de grupos convidados inclui ainda o Quinteto Villa-Lobos (9 de julho), o Quarteto Zahir (12 de julho), o Quarteto Camargo Guarnieri (dia 13 de julho), o Ubuntu (dia 23 de julho), a Camerata Grecco (dia 26 de julho) e o Brazilian Winds Ensemble (2 de agosto).
Uma das novidades desta edição são os espetáculos da Jornada Paulista de Dança, na Estação Motiva Cultural, localizada ao lado da Sala São Paulo. Ao longo de uma semana, os grupos e companhias paulistas que participam da Jornada vivenciarão atividades intensivas em dança e artes do corpo que culminarão em três apresentações abertas ao público, nos dias 10, 11 e 12 de julho.
As atividades pedagógicas, que este ano contam com 141 bolsistas (123 bolsas para instrumentistas, seis para regentes, seis para piano e seis para violão), também se dividem em aulas e concertos em São Paulo e em Campos do Jordão. Os bolsistas terão duas semanas de prática orquestral e duas semanas de música de câmara, música antiga e camerata
“O conceito pedagógico do festival cresce ano após ano, já que os professores convidados não participam ‘apenas’ dando aulas. Buscamos o aprendizado lado a lado, no qual estes músicos-professores, do Brasil e de fora, chegam preparados não somente para ensinar mas também para tocar junto de nossos bolsistas, e, dessa maneira, intensificar o aprendizado de cada um”, explica o coordenador artístico-pedagógico do evento, Fabio Zanon.
Luis Otávio Santos vai comandar a Orquestra Bach do Festival em repertório dedicado a Vivaldi, Leclair e Bach (dias 12 e 13 de julho) e Claudia Feres será a regente da Camerata do Festival em programa com Mozart e Chopin (dias 12 e 13 de julho). A sa Stéphanie-Marie Degand vai reger a Camerata do Festival em obras de Grétry e Schubert (dias 19 e 21 de julho), e, à frente da Orquestra do Festival, estarão o maestro russo Mikhail Agrest (dias 26 e 27 de julho) e o maestro espanhol Josep Caballé Domenech (dias 2 e 3 de agosto).
O programa dos dias 26 e 27 terá o Concerto para piano, de Ravel, com solos de Ronaldo Rolim; a Abertura de concerto, op. 12, de Szymanowski; e a Sinfonia nº 4, de Scriabin. O repertório dos dias 2 e 3 de agosto ainda não foi definido.
“A Fundação Osesp tem realizado o festival desde 2012, mas a Osesp tem uma ligação histórica com esse programa de formação de tanto sucesso no Brasil, já que a maior parte dos músicos brasileiros da Osesp foi bolsista, e o Auditório Cláudio Santoro, em Campos do Jordão, foi a casa da orquestra por décadas durante o inverno”, diz o diretor executivo da Fundação Osesp, Marcelo Lopes. “O Festival movimenta a economia na região da Serra da Mantiqueira, leva ao público uma programação diversa, gratuita e de altíssima qualidade. Ao longo de mais de cinquenta anos, vem enriquecendo enormemente o cenário brasileiro da música clássica, além de promover oportunidades de intercâmbio de nível internacional entre alunos e professores.”
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![A Orquestra do Festival durante concerto no Auditório Claudio Santoro na 54ª edição do evento, em 2024 [Divulgação/Íris Zanetti]](/sites/default/files/inline-images/w-campos.jpg)
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